segunda-feira, 25 de abril de 2011

Privatização da TAP. Presidente da TAM assume interesse na empresa

O presidente da companhia brasileira TAM, Marco Antonio Bologna, assumiu ontem o interesse na privatização da TAP. Em declarações ao jornal "Globo", citadas pela Bloomberg, Bologna referiu estar à espera de conhecer as condições em que o governo português irá colocar a transportadora à venda, para depois decidir por uma eventual investida. Por ora, a TAM espera por luz verde da autoridade da concorrência chilena para concretizar a aquisição da chilena LAN.

A TAP é uma das empresas mais apontadas para a lista de privatizações a curto prazo com que Portugal avançará, independentemente de quem ganhe as eleições do próximo dia 5 de Junho. "A privatização da TAP é uma prioridade, tal como ficou escrito no Orçamento do Estado, mas não confirmamos nada", afirmou no final de Fevereiro último fonte oficial do Ministério das Obras Públicas quando questionada pelo "Diário Económico" sobre o interesse de uma companhia aérea sul-americana na empresa, um interesse já várias vezes avançado. A resposta do governo surgiu em sequência de uma notícia do "Sol", referindo que a companhia aérea LATAM - que resultará da fusão da TAM com a chilena LAN - estava a negociar a compra de uma participação de 39% da TAP. Já no final de Março, a Antena 1 referiu que o Citigroup tinha sido contratado pelo Estado para avaliar a transportadora aérea portuguesa.

Entre as várias alternativas para a venda da TAP, o governo deve avançar com um aumento de capital "para a regularização dos capitais do grupo", conforme explicaram as Finanças ao i em Setembro do ano passado. Esta operação "só poderá efectuar-se com recurso à entrada de novos sócios privados, ou pela integral privatização da empresa", concluíam

No final do ano passado, o governo apontava o primeiro trimestre de 2011 como o período provável para avançar com este dossiê, o que não ocorreu. Com a demissão do governo socialista, o dossiê deverá ter atrasado mais uns meses, mas será de esperar um intensificar dos processos de privatização em Portugal na sequência do pedido de ajuda financeira que Sócrates entregou ao Fundo Monetário Internacional e à Comissão Europeia. As receitas das privatizações abatem directamente na dívida pública.

Fonte: Aqui

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